Trata-se de uma dúvida recorrente na rotina das pessoas, e que sempre aparece em fóruns de discussões on-line. Mas será mesmo que podemos deixar, sem perigo algum (ao smartphone e à nossa segurança), nossos aparelhos conectados à tomada por longos períodos?
Existem duas razões pelas quais as pessoas têm receio disso. A primeira é a chance de que o celular estrague por excesso de carga ou superaquecimento. A segunda é a possibilidade de viciar a bateria, algo que faria com que ela se comportasse de maneira errada como, por exemplo, descarregando muito rapidamente – a principal preocupação de todo mundo.
Mas, afinal, quais são as respostas verdadeiras para essas questões?
A ciência responde
O professor David MacKay, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, realizou uma pesquisa e chegou a algumas conclusões interessantes. Após fazer uma série de testes com baterias, ele respondeu a essa e a outras perguntas relacionadas ao tema.
Segundo os estudos, tirar ou deixar o carregador no smartphone quando a carga completa 100% não tem impacto nenhum no aparelho em si. As chances de que aconteça uma explosão são extremamente remotas.
Tudo porque a maioria dos smartphones atuais (se não todos) tem um sistema inteligente de gerenciamento de energia, que corta o recebimento de carga a partir do momento que atinge um determinado índice percentual.
Isso significa que, mesmo que o celular esteja na tomada carregando, a partir dos 100% ele deixa de receber carga, evitando sobrecargas ou explosões. Entretanto, manter o carregador na tomada sem ter um celular carregando pode resultar em um consumo maior de energia – mas esse gasto extra é muito insignificante.
E o vício da bateria, ainda ocorre?
Esse é mais um mito. Não, a bateria do smartphone não fica viciada. Isso acontecia antigamente, quando as baterias de celulares eram feitas de outros materiais, como níquel e cádmio.
Atualmente, os smartphones (praticamente todos, desde 2011) são compostos por baterias feitas de íons de lítio e, por isso, não estão sujeitas a esse fenômeno chamado “efeito memória”. O que acontece é que, assim como qualquer outro componente do aparelho, as baterias têm um ciclo de vida, ou seja, com o passar do tempo, elas diminuem a capacidade de armazenar carga. Mas isso normalmente não ocorre antes de mil cargas. E algumas pesquisas indicam que é preciso pelo menos dez mil cargas para que se percebam os primeiros efeitos desse descompasso de capacidade.
Algo a que todos devem estar atentos é o carregador a ser utilizado. É sempre bom evitar carregadores sem procedência ou marca de qualidade, pois eles podem danificar definitivamente o aparelho (não apenas a bateria).