As tecnologias não param de evoluir e algumas descobertas, se não várias, migram de função: são desenvolvidas para um ramo de atividade e mudam para outro. Com a fibra óptica não foi diferente.
Em 1870, um físico inglês chamado John Tyndall fez um experimento utilizando um recipiente furado com água, um balde e uma fonte de luz, e observou que o feixe de água saía iluminado através do furo do recipiente; esse foi o primeiro relato de transmissão de luz. Mas foi com a medicina que a tecnologia ganhou forma em 1950, para ajudar em diagnósticos dentro do corpo humano, sem cirurgia.
Muito tempo depois, a fibra óptica veio como uma forma mais rápida para a conexão de internet, entregando cerca de 10 gigabits por segundo (Gbps) – capacidade que daria para baixar um filme longa-metragem HD em apenas 6 segundos.
Fisicamente, a fibra óptica é composta por:
1. Núcleo – feito de vidro com alto grau de pureza para transmitir luz com dados
2. Luz – transmissão de dados
3. Casca – oca e fina, como um fio de cabelo, pode ser de plástico ou de vidro
4. Proteção – para evitar interferência de outras fibras
5. Elemento estrutural – para dar flexibilidade ao cabo, impedindo que as fibras se quebrem, feito de Kevlar, um polímero super-resistente usado em coletes à prova de bala
6. Capa – feita de PVC, é a proteção externa da fibra
Existem dois tipos de fibra óptica: multimodo e monomodo. Com um núcleo mais largo, a multimodo transmite diversos sinais de luz. É comum em intranets e alcança apenas 800 m. O monomodo, com núcleo menor, chega a 80 km e leva apenas um sinal de luz. É usada em backbones – rede por onde passam dados de todos os clientes da internet.
Você já tinha imaginado o volume de dados que algo do tamanho de um fio de cabelo poderia transmitir pela luz?